quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Metrô de SP registra queda de aprovação. Mas, quem se habilita em trocar o Metrô pelo Ônibus?

Neste feriado de 7 de setembro foi publicado uma pesquisa do Datafolha onde, segundo dados, desde 1997 (quando iniciou este estudo), pela primeira vez menos da metade da população aprova o Metrô. 47% de "ótimo/bom", queda de sete pontos percentuais desde 2008. Já a reprovação aumentou seis pontos. Por outro lado, o Metrô rebate dizendo que a queda na avaliação pode ter relação com o aumento de passageiros de 3,3 milhões por dia em 2008 para 4 milhões neste ano. Segundo a companhia, qualquer interferência, como os bloqueios das portas dos trens nos horários de pico, "acarreta atrasos significativos em todo o sistema". A superlotação ultrapassa 7 pessoas por m² nos horário de picos.


Outro motivo para a adesão em massa ao Metrô foi quando houve a integração do bilhete único municipal com a rede sobre trilhos, estabelecida em 2005. Hoje a tarifa dos ônibus (R$ 3), lentos e lotados, é mais cara que a do metrô (R$ 2,90).


Mas, ao mesmo tempo que o sistema metroviário registra queda na satisfação, dificilmente quem pega o Metrô deixa de usa-lo para andar de ônibus, estes que também trafegam lotados e sofrem interferência diretas do trânsito. Toda esta pesquisa mostra também um aspecto positivo: há mais gente usando o transporte público. 


Os especialistas em transportes são unanimes em dizer que a solução é acelerar a construção de linhas de Metrô para redistribuir os passageiros e aliviar a superlotação (e trens para baixar as esperas). Outros modais suplementares também devem ter investimentos como os corredores de ônibus em forma de BRT (Bus Rapid Transit)


O Metrô de São Paulo ainda é a melhor opção, mais confiável e o mais barato sistema de transporte público da cidade e que funciona com intervalos entre trens que são um dos menores do mundo (105 segundos). 


Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.

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