terça-feira, 12 de julho de 2011

Governo não admite, mas leilão do trem-bala fracassa

O governo federal não admitiu publicamente, mas é certo que o leilão do trem-bala fracassou, mais uma vez. Nenhum consórcio apresentou proposta. A saída encontrada pelo governo foi mudar as regras e dividir a licitação em duas etapas. A mudança do modelo de concessão acaba , definitivamente, com a possibilidade do chamado trem de alta velocidade estar em operação na Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. Se tudo funcionar como previsto, na melhor das hipóteses a construção do trem só começar em 2013.


Na primeira fase, será escolhido o operador, que definirá a tecnologia a ser adotada, o projeto executivo e o controle de qualidade da obra. Dessa forma fica mais fácil definir o valor de construção do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e Rio. 


No segundo momento, serão escolhidos os grupos responsáveis pela obra civil e pela infraestrutura do empreendimento. Essa etapa será aberta a empresas internacionais. O governo ficou irritado com a atitude das empreiteiras nacionais, que boicotaram o leilão de ontem por não concordar com os custos estimados pela ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres). Foi por isso que a agência decidiu que a agência decidiu que a segunda fase do leilão também será uma concorrência internacional. 


De acordo com o repórter da Jovem Pan, ao dividir a licitação o governo reconheceu as críticas das empreiteiras, de que era muito difícil calcular o preço da construção da obra sem definir a tecnologia a ser adotada. Só para se ter uma idéia da incerteza, estudo prévio do governo calcula em R$ 33 bilhões, mas estimativas de mercado colocam o preço em mais de R$ 50 bilhões.




Com as informações de Joven Pam

Um comentário:

  1. Por que ninguém fala que difícil mesmo é desapropriar determinadas propriedades para passar os trilhos?

    E que isto está diretamente ligado ao custo e, principalmente, ao prazo da obra?

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