Quando se fala em veículos elétricos, muitos urbanistas torcem o nariz para a questão da rede aérea. Os fios que alimentam os VLT's ou trólebus de certa maneira prejudicam a paisagem por onde estes modais trafegam, ainda que estes modais não causam a poluição do ar, esta que é nociva a nossa saúde. De acordo com publicação da Revista Ferroviária, a CAF, aquela mesma que está produzindo os trens novos da CPTM, e os do Metrô de SP que corresponde a frota H, vai apresentar durante uma feira do setor, um novo e revolucionário modelo de VLT batizado de ACR - Acumuladores de Carga Rápida - capaz de operar sem catenária, sem terceiro trilhos, sem alimentação pelo solo e sem baterias convencionais. O protótipo já opera em Sevilha e em Saragoça -possui um pantógrafo que só se eleva durante as paradas, para uma carga rápida de 20 segundos. A carga é feita em uma seção de catenária com o mesmo comprimento do VLT. Uma vez carregados, os acumuladores dão ao veículo autonomia de 1.400 metros, mais que suficiente para chegar à próxima estação e carregar de novo. Um sistema de recuperação de energia na frenagem complementa a alimentação dos motores de tração. O ACR foi desenvolvido pela Trainelec, empresa do grupo CAF, segundo reportagem.
No passado já foram construídos trólebus com esta tecnologia.
Por falar em VLT's elétricos sem redes aéreas, a Alstom ofereceu seu sistema APS (Alimentação Pelo Solo) que é utilizado em Bordeaux, para um sistema de VLT de Brasilia após vencer licitação. Na prática a alimentação do VLT seria feito pelos trilhos, sem oferecer risco para os pedestres. A licitação da infraestrutura foi no entanto cancelada em abril último pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, impedindo o fornecimento dos veículos. Uma nova licitação está sendo preparada e deverá ser lançada ainda no segundo semestre.
Assista o vídeo do ACR
Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.
Sistemas sem catenárias têm vantagens interessantes e deveriam ser implantados em locais críticos para paisagismo urbano. É bem o caso do corredor Bandira-Largo 13, em São Paulo: rota muito interessante para implantar VLT.
ResponderExcluirPara autoridades brasileiras que não conseguem implantar nem bondes-modernos elétricos convencionais (corrompidos pelos caixa-2 das obras civis não-ferroviárias dos mongotrilhos ou dos corredores de ônibus, ou dos empresários rodoviários) vir falar de bonde sem catenária é zoeira.
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