Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia na noite desta quinta-feir, dia 26, entrar em greve a partir da 0h de quarta-feira dia 1º de Junho. A categoria se reuniu na sede do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, no Tatuapé. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, que representa funcionários da CPTM, também decidiu pela greve a partir do dia 1º.
Os metroviários reivindicam um reajuste de 10,79%, com base na inflação medida pelo IGP-M, e outros 13,8% de ganho de produtividade, conforme o ICV, do Dieese. Segundo a categoria, o Metrô ofereceu 6,39% de reajuste.
Segundo o presidente do sindicato, Altino de Melo, a categoria vai esperar uma nova manifestação da Companhia do Metropolitano até as 18h de terça-feira (31). A nova proposta será analisada na reunião marcada para as 18h30, quando os metroviários voltam a se reunir para organizar a mobilização. Ainda de acordo com Melo, se a Justiça determinar que pelo menos um terço dos funcionários continuem trabalhando, haverrá problemas para o funcionamento da rede. “Apenas 30% é inviável porque cria um caos no sistema. É necessário entender que o trabalhador tem direito de greve. Por isso, estamos dispostos a conversar com o Judiciário”, afirma. Os funcionários do Metrô vão continuar usando coletes de mobilização e pretendem divulgar uma carta aberta à população da capital paulista informando sobre a greve. Segundo Melo, mais de mil pessoas participaram da assembleia desta quinta-feira.
Em nota, o Metrô informou que acionará o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência (Paese) para minimizar os transtornos causados aos 3,7 milhões de usuários e à população em geral caso a greve ocorra.
“A Companhia do Metrô preparou um esquema especial para garantir o acesso dos seus empregados aos postos de trabalho e alertou todos os funcionários sobre a responsabilidade de manter os serviços essenciais que atendam as necessidades inadiáveis da sociedade. Com o anúncio de greve, a SPTrans deverá readequar as linhas de ônibus para assegurar o transporte de passageiros ao Centro da cidade”, informa o texto.
O Metrô disse ainda que continuará negociando com os sindicatos e que considera “precipitado o anúncio de paralisação”.
Com as informações do G1
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