População ainda sofre no corredor
De acordo com a reportagem do G1, passageiros duvidavam que a estratégia iria melhorar a situação do transporte público. “Tem dia que a gente não entra, as pessoas jogam você lá dentro. É muita gente e pouco ônibus”, diz Belísia Coelho, moradora da região. “É decepção todo dia, eu já chorei neste ponto. Nós somos humilhados aqui para pegar um ônibus. É uma vergonha”, diz Maria da Conceição, que já chegou a esperar 3 horas para embarcar. Os moradores dizem ainda que faltam ônibus no trecho.
SPtrans faz alterações para melhorar o fluxo dos coletivos
A SPtrans ampliou o número de linhas de ônibus e reorganizou o sistema no final de 2010. “Nós seccionamos linhas locais que atendem os bairros no terminal Jardim Ângela e no Largo do Ângela, linha que antes iam até Santo Amaro, compartilhando as faixas da direita com os automóveis. A retirada desses ônibus permitiu uma redução de 22% no volume dessas linhas na região”, diz Celso Lopes, superintendente de operações da empresa.
Metrô não vai chegar tão cedo
É consenso de todos os moradores, técnicos de transporte, e concerteza deve ser também dos funcionários da prefeitura que a região precisa de uma ligação metroviária. Mais de 600 000 pessoas dependem de uma única e estreita estrada para ir e vir do trabalho. Ali os congestionamentos diários de ônibus, vans e carros são tão embaralhados que fazem o trânsito caótico do resto da cidade parecer até agradável. A população local já fez passeatas e queimou pneus para reivindicar que o metrô chegasse até lá. Os moradores não querem o monotrilho, prometido até então pela prefeitura, por considerá-lo insuficiente para a demanda.
Inclusive o ex-secretário de transportes metropolitanos, José Luiz Portella foi claro e enfático em entrevista à revista EXAME: “O cara do M’Boi Mirim não quer monotrilho porque quer metrô – e ele está certo. A demanda é de metrô. Não é para monotrilho. Isso todo mundo sabe. O secretário Marcelo Branco (atual secretário municipal de Transportes) sabe. Se fizer monotrilho lá, você vai precisar de um corredor de ônibus embaixo”. O Metrô estuda alguma alternativa para região.
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