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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Consórcio TAV Brasil pode pedir novo adiamento de leilão

O principal interessado no trem-bala brasileiro, vai formalizar o pedido de adiamento do leilão, cuja entrega das propostas está marcado para a  próxima segunda-feira. O inicialmente conhecido como grupo coreano, chamado de Consórcio TAV Brasil, enviou esta semana o pedido à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), alertando que não terá condições de fechar uma proposta em uma semana.


Especialistas no setor afirmam que o governo perdeu o "timing" do negócio ao ceder às pressões das construtoras e adiar duas vezes a disputa, inicialmente prevista para dezembro. O presidente da Trends, Paulo Benites, representante do consórcio, garante que se for adiado, o grupo terá condições de fechar uma proposta. Em outras palavras, é o governo cedendo aos empresários. Ele afirma ainda que o consórcio esperou até semana passada por uma resposta das grandes construtoras sobre uma possível parceria. Mas as empresas não demonstraram muito interesse. Benites destaca ainda que o fechamento da proposta foi prejudicado pela demora do governo em publicar mudanças anunciadas pela ANTT, como a transferência de tecnologia e a flexibilização das estações em São Paulo. O ideal, diz o executivo, seria adiar 45 ou 60 dias (prazo que ajudaria também para arregimentar novos parceiros).


A grande dúvida é a participação das construtoras Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. Desde dezembro, elas se uniram para estudar o projeto juntas. Mas não tem concordado com as condições do governo. O primeiro item é o valor do investimento. Enquanto o governo afirma que o TAV vai custar R$ 33 bi, elas dizem que não sairia por menos de R$ 50 bilhões.


"As empresas continuam avaliando, mas há uma série de dificuldades, como valor do projeto, riscos e prazo", disse uma fonte ligada às construtoras. Elas têm feito uma série de reuniões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e integrantes do governo para tentar chegar a um acordo. "Mas as companhias exigem coisas difíceis de o governo aceitar", diz um executivo do setor.




Com as informações de Estadão

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