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terça-feira, 7 de junho de 2011

Ações na justiça atrapalham obra de Metrô que beneficiará população de Paraisópolis

A Linha 17 - Ouro do Metrô, que integrará a estação Jabaquara na linha 1-azul, o Aeroporto de Congonhas, a estação Morumbi da linha 9-esmeralda da CPTM e a estação São Paulo-Morumbi da linha 4-amarela, poderá não ficar pronta até a Copa do Mundo. Em entrevista a rádio Jovem Pan, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, explicou que ações na justiça podem atrasar início das obras previsto para julho. “Nós estamos com o dinheiro locado, tanto o recurso do PAC quanto do governo do Estado e do BNDES. O projeto já está pronto, a licitação feita e um consórcio vencedor, porém, não podemos fazer pois existe uma liminar suspendendo”.


A expectativa é começar o projeto em julho, com término previsto em 42 meses. Com base nessa previsão, o monotrilho não estará pronto antes da Copa do Mundo de 2014. Embora o estádio do Morumbi não irá sediar jogos da Copa, a ligação do aeroporto de Congonhas com a CPTM é considerada importante para a rede metropolitana de trens e hotéis da região.


Estas ações na justiça são de moradores do Morumbi que não querem o monotrilho por uma questão paisagística, entretanto a obra deve beneficiar muito mais pessoas na região Paraisópolis. Só para se ter uma noção do benefício da linha, quando a linha estiver pronta, quem mora na região poderá chegar à Praça da Sé em 36 minutos ou ao Hospital das Clínicas em apenas 20 minutos. 


Para revelar todas as vantagens que a Linha 17-Ouro irá proporcionar, o presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, visitou novamente Paraisópolis no último final de semana. Na sexta-feira e sábado últimos, os moradores que compareceram ao CEU Paraisópolis e à EE Governador Miguel Arraes puderam conferir em detalhe o projeto da obra.


Fonte: Metrô




Durante as reuniões, Avelleda apresentou o traçado da nova linha, falou sobre as características do sistema monotrilho, ouviu comentários de moradores e respondeu a diversas perguntas. O presidente do Metrô salientou que é preciso desmistificar o sistema de monotrilho. “Tudo que é novo gera dúvidas, mas esse sistema atenderá adequadamente a demanda prevista e terá a mesma qualidade de serviço de metrô convencional, com baixa emissão de poluentes e ruídos, excelente desempenho operacional, confiabilidade e regularidade”, salientou.


Sérgio Avelleda também fez questão de esclarecer que nenhuma desapropriação terá que ser feita na comunidade em razão das obras da Linha 17 e que o risco de impacto nas moradias é mínimo, porque não haverá escavação nenhuma para a construção da linha."Nesta região, não serão necessárias desapropriações para a execução desta obra. O traçado da linha acompanhará o leito da Avenida Perimetral, projeto que está sendo executado pela Prefeitura. Portanto, todas as desapropriações necessárias acontecerão em função da construção da avenida. Se não construíssemos o metrô por aqui, elas ocorreriam da mesma maneira", explicou.


Para Valdemir Marcondes Luz, da União em Defesa da Moradia de Paraisópolis, a iniciativa do Metrô em apresentar e discutir o projeto com a comunidade é louvável e não deixará dúvidas sobre a importância dessa obra. Para ele, a construção da linha irá revolucionar o transporte público na região. “Temos que defender este projeto com todas as nossas energias, porque ele trará inúmeros benefícios para todos os moradores da nossa região”, ressaltou.


No total, a Linha 17-Ouro terá 19 estações, sendo quatro com integração ao sistema metroferroviário. Serão implantados 17,9 quilômetros de vias operacionais e outros 6,8 quilômetros de vias de estacionamento, manobra e manutenção.



Renato Lobo é Técnico em Transporte Sobre Pneus e Transito Urbano.

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